Até recentemente o desmatamento ilegal não fazia parte da agenda política dos gestores municipais na Amazônia. Os prefeitos estavam mais atentos aos problemas locais de saúde, educação ou urbanismo, tais como o médico no posto de saúde, a merenda na escola e a rua asfaltada. Na área rural, ocupavam-se mais com as estradas e o escoamento da produção. O desmatamento era percebido e tratado como um problema federal ou, quando muito, como estadual.
Porém, no ano de 2008, o Ministério do Meio Ambiente publicou uma lista dos municípios que mais desmatavam na Amazônia. Esses municípios passaram a ser objeto de intensa fiscalização, e seus produtores foram proibidos de acessar o crédito rural. Como consequência, houve dificuldades para comercializar a produção municipal, sobretudo nos mercados mais exigentes, que não queriam se atrelar a práticas ilegais e danosas ao meio ambiente.
A partir deste fato, o desmatamento ganhou espaço na política municipal, exigindo ação – ou reação – dos gestores e da sociedade local.
No Pará, a iniciativa coube a Paragominas. Em fevereiro de 2008, um mês após ingressar na lista, o município lançou o projeto chamado “Paragominas: Município Verde”. O projeto tinha como ponto de partida a assinatura de um pacto local contra o desmatamento, além de ações efetivas de monitoramento da cobertura florestal e ordenamento ambiental, principalmente por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Além disso, funcionava em parceria com diversas instituições, dentre elas o Imazon, que apoiou o município fornecendo mensalmente informações acerca dos focos e localização geográfica do desmatamento pelo seu Sistema de Alerta de Desmatamento.
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Municípios Verdes: caminhos para a sustentabilidade (2ª edição)
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013
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