Últimas

Destaques

Vídeos

Opinião

Povos indígenas

Políticas Públicas

Amazônia

Agropecuária

Sustentabilidade

Terceiro Setor

Poço de Carbono Juruena e Projetos patrocinados pela Petrobras plantarão 4.500 mudas de espécies ameaçadas

Posted on quarta-feira, 17 de julho de 2019 Nenhum comentário

O Projeto Poço de Carbono Juruena, em conjunto com outros 14 projetos ambientais, plantarão cerca de 4.500 mudas em várias regiões do país no próximo dia 17. O Poço de Carbono Juruena é o responsável pelo plantio de 1.500 mudas nativas de 65 espécies da Amazônia como Castanheira, Ipê, Cedro, Mogno, Parica, no município de Juruena (MT). Essa iniciativa faz parte de uma ação coletiva, resultado da integração de projetos patrocinados pela Petrobras, a maioria da linha Florestas e Clima, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Na cultura popular brasileira, a proteção das florestas é personificada na figura mítica do Curupira, um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a protegê-las. Por este motivo, o dia 17 de julho também é considerado o Dia do Curupira, o “protetor das florestas”. Por isso, nesta data muitas ações práticas são realizadas para mostrar a importância de fazer algo para proteger as florestas.
Essa ação, que envolverá crianças, jovens, universitários, comunidades tradicionais e povos indígenas, pretende reforçar a importância da proteção das florestas não só para a regulação do clima, mas também para a manutenção da vida no planeta. A ideia é aproximar as pessoas e a natureza, disseminando conhecimentos sobre as espécies ameaçadas, a necessidade de recuperação e preservação dos recursos para gerações futuras e a utilização das plantas em várias atividades humanas como a alimentação, o uso medicinal, a produção de cosméticos, entre outros.
Esta ação conta com uma campanha digital nas redes sociais dos projetos participantes com a hashtag #florestaseclima e #juntospelomeioambiente.
O projeto Poço de Carbono Juruena
Na cultura tradicional indígena dos povos do Noroeste de MT, a castanheira (Bertholletia excelsa) é a árvore da vida, de cujo fruto nasceram os primeiros seres humanos. Esta espécie manejada num trabalho importante de extrativismo que inclui jovens, mulheres e homens, indígenas e agricultores familiares organizados em associações e cooperativa gerando renda e valorizando a floresta em pé. Além disso, a árvore mais frondosa da floresta também é cultivada em sistemas agroflorestais.
Somando o plantio deste dia de Proteção às Florestas e o plantio de espécies nativas do último ciclo chuvoso, o projeto já plantou 215 mil mudas de espécies nativas consorciadas em sistemas agroflorestais, recuperando recuperou 91 hectares de áreas degradas.
Parte da produção destas áreas garante a segurança alimentar das famílias que participam do projeto Poço de Carbono Juruena e a produção adicional é usada para a geração de renda para estas famílias. Por ser um período de estação seca na Amazônia, o projeto executará o plantio das mudas no Dia de Proteção às Florestas em áreas de agricultores que já possuem plantios irrigados.

Conheça abaixo os projetos envolvidos nessa ação de proteção às florestas:

ESTADO
PROJETO
LINK DO PROJETO
N° DE MUDAS
BIOMA
PRINCIPAIS ESPÉCIES A SEREM PLANTADAS
SP/PR
Projeto Agroflorestar

 150
Mata Atlântica
Palmeira-juçara (principalmente), Jatobá, Guanandi, Grumixama, Gabiroba, Cedro, Guapiruvu, Canela-niúva, Ipê-amarelo, Araçá-vermelho.

AM
Projeto Amazonas sustentável
300
Amazônia
Castanheira, Cacau, Açaí, Cupuaçu, Acerola
RS
Projeto Ar, Água e Terra
500
Mata Atlântica
Araticum,
Butiá, Canela, Chal-chal, Cocão erva-mate,  Guabiroba,  Juçara, Pata-de vaca e Pau-brasil
BA
Projeto CO2 Manguezal
100
Mata Atlântica
Pau-brasil, Jatobá, Landi Carvalho, Saboneteira, Inhaíba, Ipê roxo, Canafístula, Urucum, Jenipapo, Jabuticaba, Angelim, Ingá
CE
Projeto De Olho na Água
715
Caatinga/  Ecossistema manguezal
Tabebuia Sp., Rhizophora mangle e Laguncularia racemosa
RJ
Projeto Guapiaçu Grande Vida (GGV)
300
Mata Atlântica
Garapa, Jequitibá-rosa,
Cedro-rosa, Imbirema,
Jacarandá-da-bahia,
Palmito-juçara, Braúna, Pau-brasil, Cambucá,
Bicuíba
CE
Projeto No Clima da Caatinga
60
Caatinga
Ipê, Catingueira, Angico, Carnaúba,
Tamboril, Jatobá, Sabiá
MT
Projeto Pacto das Águas
50
Amazônia
Ipê, Mogno, Cerejeira, Castanheira
MT
Projeto Poço de Carbono Juruena
1500
Amazônia
Castanheira, Ipê, Cedro, Mogno, Parica
SP
Projeto Semeando Água
50
Mata Atlântica
Palmito-juçara, Araucária, Pau-brasil, Jacarandá-da-Bahia
RO
Projeto Semeando Sustentabilidade
50
Amazônia
Cedro, Cerejeira, Maracatiara
SP
Projeto Verde Novo
50
Mata Atlântica
Canjarana, Cedro-rosa, Juçara, Canela, Jequitibá
RO
Projeto Viveiro Cidadão
150
Amazônia
Andiroba, Castanheira e Cerejeira
RJ
Projeto Uçá
500
Mata Atlântica/ Manguezal
Mangue Vermelho, Mangue Branco e Mangue Preto
ES
Projeto Uruçu Capixaba
150
Mata Atlântica
Cedro-rosa, Jacarandá-da-bahia, Palmito-juçara, Braúna, Pau-brasil
TOTAL
15 projetos

4.625 mudas
3 biomas
Mais de 60 espécies


Projeto distribui kits de irrigação para plantios consorciados

Posted on terça-feira, 16 de julho de 2019 Nenhum comentário
Aliando a necessidade de irrigação da lavoura de café clonal com o plantio consorciado de espécies nativas para recuperar áreas degradadas, conservar a qualidade do solo amazônico e gerar renda para os agricultores, 17 kits de irrigação foram entregues para agricultores de Juruena, no Noroeste de Mato Grosso. A doação foi feita pelo projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Aderjur e patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

Foram escolhidos 15 agricultores que cultivam acima de mil pés de café clonal e dois que cultivam cacau. A necessidade de irrigação é devido ao fato de que estas espécies têm baixa resistência à seca, no primeiro ano de plantio e que esta água também auxiliará no desenvolvimento das outras espécies nativas. Por outro lado, a lavoura se desenvolve bem mais rápido e as colheitas já podem ser realizadas a partir de 18 meses.

O técnico em agroecologia Roberto Mattei Raspini explica que a equipe do projeto Poço de Carbono Juruena se reuniu com os agricultores familiares para explicar a importância de consorciar o plantio do café e do cacau com outras espécies nativas, mas também com outras espécies de ciclo curto como melancia, pepino, abóbora e feijão, fazendo um sistema agroflorestal (Saf).

O Saf aumenta a produtividade e melhoram a renda familiar, além de conservar a biodiversidade, a fertilidade do solo e absorver mais carbono da atmosfera, se comparado com outras formas de cultivos solteiros.
“Nós vamos distribuir essas sementes que serão plantadas no meio das ruas da lavoura e que crescerão rapidamente. Essas espécies servirão tanto para alimentação da família como para venda, na complementação de renda das famílias”, explica o técnico. A expectativa é que com o uso do sistema de irrigação por gotejamento e um baixo consumo de água, haverá um aumento significativo da renda familiar com a venda do excedente da produção das plantas consorciadas.

Além da distribuição das sementes, a equipe do Poço de Carbono se comprometeu a ajudar com assistência técnica e no transporte dos produtos para comercialização na Central de Comercialização da Agricultura Familiar da Aderjur – Cecafs.

Pagamento de Serviços Ambientais
Esta não é a primeira vez que o projeto realiza a entrega de kits de irrigação. Em 2013, numa etapa anterior do projeto, foram distribuídos 15 kits de irrigação a agricultores familiares que desenvolveram os melhores sistemas agroflorestais. A distribuição dos kits foi uma forma de o projeto pagar pelos serviços ambientais gerados pelos sistemas agroflorestais implantados.

Poço de Carbono Juruena
O projeto Poço de Carbono Juruena, patrocinado pela Petrobras e desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, busca oferecer alternativas sustentáveis de renda aos agricultores familiares e povos indígenas.

O projeto apoia o extrativismo da castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Promove a educação ambiental para a gestão e conservação dos recursos naturais. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.




Prêmio Fundação BB certifica tecnologias sociais da região Centro-Oeste

Posted on quinta-feira, 11 de julho de 2019 Nenhum comentário
Com a certificação, as iniciativas passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais e concorrem à premiação final em outubro


A região Centro-Oeste obteve sete iniciativas certificadas na décima edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. As instituições são dos estados de Goiás (2), Distrito Federal (4) e Mato Grosso (1), conforme lista abaixo.  Neste ano, além das inciativas da região Centro-Oeste, outras 111 das demais regiões do Brasil e cinco da América Latina foram certificadas nesta edição do concurso, totalizando 123 tecnologias sociais.

As metodologias foram reconhecidas como soluções capazes de causar impacto positivo e efetivo na vida das pessoas, já foram implementadas em âmbito local, regional ou nacional e são passíveis de serem reaplicadas. A premiação é destinada a entidades sem fins lucrativos, como instituições de ensino e de pesquisa, fundações, cooperativas, organizações da sociedade civil e órgãos governamentais de direito público ou privado, legalmente constituídas no Brasil e países da América Latina.


Goiás

- Sociedade Espírita Trabalho e Esperança – SETE – Goiânia;
- Instituto Socioeconômico de Desenvolvimento Social – Formosa;

Distrito Federal
- Instituto de Fiscalização e Controle – Brasília;
- Associação de Produtores Agroflorestais – Sobradinho;
- Instituto Oca do Sol – Brasília;
- Instituto Promundo  - Brasília;

Mato Grosso
- Secretaria de Estado de Cultura do Mato Grosso – Cuiabá.


A próxima fase da premiação será a divulgação da lista com as 24 finalistas, prevista para a segunda quinzena deste mês. Esta seleção leva em conta critérios de: efetividade, inovação, sistematização da tecnologia e a interação com a comunidade, que também analisa o potencial de transformação social e a reaplicabilidade das iniciativas. As vencedoras serão anunciadas no evento de premiação, previsto para acontecer em outubro.

As finalistas vão concorrer a R$ 700 mil em prêmios divididos entre as categorias nacionais: Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital; Educação; Geração de Renda e Meio Ambiente e as premiações especiais: Mulheres na Agroecologia, Gestão Comunitária e Algodão Agroecológico e Primeira Infância, sendo R$ 50 mil para o primeiro colocado, R$ 30 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro de cada uma das categorias. A edição deste ano também reconhecerá três iniciativas do exterior na categoria Internacional, destinada a iniciativas da América Latina e do Caribe, onde serão identificadas tecnologias sociais que possam ser reaplicadas no Brasil e que constituam efetivas soluções para questões relativas a Cidades Sustentáveis e/ou Inovação Digital; Educação, Geração de Renda e Meio Ambiente.

As 21 finalistas nacionais e as três finalistas internacionais ganharão um troféu e um vídeo retratando a iniciativa. Além disso, serão convidadas a participar do Encontro de Tecnologia Social, a ser realizado em Brasília (DF), antecedendo a noite de premiação.

Nesta edição o Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social tem a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto C&A, Ativos S/A e BB Tecnologia e Serviços, além da cooperação da Unesco no Brasil e apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Ministério da Cidadania, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Banco de Tecnologias Sociais

O BTS é uma base de dados on-line que reúne atualmente 1.110 metodologias certificadas por solucionarem problemas comuns às diversas comunidades brasileiras nas áreas de: Alimentação, Educação, Energia, Habitação, Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Renda e Saúde. Acesse aqui para conhecer.



Consulte a lista completa das tecnologias sociais Certificadas 2019.

Indígenas de Mato Grosso participam de Congresso Internacional em Brasília

Posted on terça-feira, 9 de julho de 2019 Nenhum comentário
Dois representantes dos povos indígenas em Mato Grosso participaram do 3º Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina, realizado na Universidade de Brasília (Unb), na capital do país. Marcelo Munduruku e Evanilson Crixi Morimã, professores da Terra indígena Apiaká-Kayabi, no Noroeste de Mato Grosso, apresentaram trabalhos sobre saneamento básico e controle do fogo na terra indígena.

Ambos participaram do projeto de extensão da Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat ConTextos ambientais Juruena-Juara/MT: formação docente de professores indígenas e da rede pública em Educação Ambiental, que trabalhou temas de forma multidisciplinar no Programa de Educação Ambiental do Projeto Poço de Carbono Juruena.

Para o professor Marcelo Munduruku, participar do evento em Brasília, que reuniu mais de 3.500 pessoas em conferências, oficinas, debates e exposições foi uma oportunidade única. “Além da minha apresentação do meu trabalho sobre saneamento básico em aldeias e do trabalho sobre fogo controlado do Evanilson, participamos de diversos debates, o que só enriquece nosso conhecimento,” explica. “Além disso, conversamos com vários líderes indígenas para fortalecer a nossa luta”.

A participação dos indígenas no evento teve apoio do Projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Associação do Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur), com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O projeto apoia o extrativismo da castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

O Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina (Cipial) reúne pesquisadores indígenas e não indígenas de diversos países e áreas do conhecimento. A primeira edição ocorreu em 2013, no México e a segunda edição em 2016, na Argentina. Na edição de 2019, no Brasil, o tema central foi “Trajetórias, narrativas e epistemologias plurais, desafios comuns”.

Bancos de sementes e tecnologias de captação de água contribuem para o desenvolvimento sustentável no semiárido

Posted on segunda-feira, 3 de junho de 2019 Nenhum comentário
Projeto atende 3.731 famílias que vivem em 69 municípios: 3.560 com bancos de sementes e 171 com cisternas e barreiros trincheiras


Os nove estados que compõem o semiárido brasileiro - Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe - terão, até o final deste semestre, a conclusão de 178 bancos de sementes comunitários. A iniciativa é uma parceria da Associação Programa Um Milhão de Cisternas - AP1MC e da Fundação Banco do Brasil, que já implantou 171 unidades de tecnologia social de acesso à água de chuva para produção de alimentos: 54 cisternas calçadão, 63 cisternas enxurradas e 54 barreiros trincheiras.

O projeto “Bancos Comunitários de Sementes com Tecnologias de Acesso a Água” permite aos moradores da região o acesso às sementes crioulas de boa qualidade e adaptadas ao semiárido, e também água para nutrir os animais e irrigar a produção de alimentos. Os beneficiados são agricultores familiares, inscritos nos programas sociais do Governo Federal.  O investimento social da Fundação BB no projeto foi de R$ R$ 10,2 milhões.

Os contemplados são de 3.731 famílias localizadas em 69 municípios. Dessas, 3.560 foram mobilizadas para os bancos de sementes (40 famílias por banco) e 171 receberam as cisternas e os barreiros trincheiras. Todas foram capacitadas em gestão dos bancos de sementes, manutenção das cisternas e uso racional da água.

As famílias também participam de intercâmbios, que permitem as trocas de sementes crioulas entre as guardiãs e guardiões, possibilitando a diversidade dos grãos que já possuem e cultivam há muitos anos. Na lista estão, principalmente, feijões (de arranque/comum e de corda/macassar/caupi),  dezenas de variedades de milho crioulo, arroz, fava; sorgo, gergelim, batata, amendoim, algodão, hortaliças e nativas.

De acordo com Claudio Ribeiro, assessor de coordenação da AP1MC, cada banco comunitário possui regimento próprio de gestão de suas sementes. Ele explica que a maioria das famílias devolve uma quantidade maior do que foi tomado emprestado, com o objetivo de aumentar o estoque armazenado. No caso do milho, especificamente, há um grande cuidado nas entradas de sementes para que não ocorra a contaminação por variedades transgênicas. Nesse caso, o projeto desenvolveu kit's de testes de transgenia onde foi possível analisar os lotes de sementes de milho adquiridos pelo projeto, evitando propagar o material genético contaminado.

Durante a gestão do projeto, os agricultores participam de encontros estaduais das sementes, como os que já aconteceram em Vitória da Conquista (BA), Canindé (CE), Pedro II (PI), Aracaju (SE) e Porteirinha (MG). Nesta quarta-feira (29) e quinta-feira (30), o município de Serra Talhada, sertão de Pernambuco, sedia o 3º Encontro Estadual de Sementes da Partilha. O evento reúne agricultoras e agricultores do Agreste Central, Meridional e Setentrional e Sertão de Pernambuco para roda de experiências, diálogo compartilhado sobre transgenia, feira de troca de sementes e sabores, e uma mesa de diálogo sobre política de sementes crioulas em Pernambuco. A previsão é que os próximos encontros aconteçam em municípios de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Sobre as tecnologias de captação de águas

Cisternas Calçadão e de Enxurrada - são métodos usados para captação e armazenamento de água pluvial destinada ao consumo de pequenos rebanhos e plantio de hortaliças. As tecnologias sociais possibilitam a captação da água de chuva das estradas e caminhos, que normalmente se perde por escoamento superficial.

Barreiros Trincheiras - são tanques longos, estreitos e fundos escavados no subsolo. Eles têm esse nome porque se parecem muito com uma trincheira e servem para armazenar a água da chuva.

Fundo rotativo solidário será apresentado como oportunidade ao extrativismo na Amazônia

Posted on quinta-feira, 9 de maio de 2019 Nenhum comentário

Um dos principais desafios para o melhor desenvolvimento do extrativismo na Amazônia é garantir que os coletores recebam um preço justo pelo trabalho. Para que isso acontecesse foi criado há dois anos no Noroeste de Mato Grosso o Fundo Rotativo Solidário, voltado para a cadeia da castanha-do-Brasil. A iniciativa será apresentada na terça (14) na sede do Banco da Amazônia, em Belém (PA) como possibilidade de modelo de replicação na Amazônia.

Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, em parceria com a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia – Amca e Cooperativa de Agricultores do Vale do Amanhecer – Coopavam, a ideia é bastante simples. A Amca e a Coopavam podem emprestar recursos do fundo para pagar à vista a produção dos coletores de castanha de associações indígenas e cooperados.

Dessa forma, os coletores recebem um valor justo pela castanha e a associação e a cooperativa podem fechar acordos de compra e venda de castanha para empresas. A disponibilidade de recurso é boa para as empresas também, pois podem ter uma oferta regular de castanha em amêndoa ou óleo de castanha.

Para garantir o início do funcionamento do Fundo Rotativo Solidário, a Climate and Land Use Alliance – Clua fez um aporte de 400 mil reais. A Clua é uma coalizão de entidades que acreditam que as florestas conservadas e o uso sustentável da terra são importantes para uma resposta global às mudanças climáticas.

Dez anos de trabalho
Apesar de a ideia ser aparentemente simples, foram necessários mais de dez anos de trabalho da Aderjur com o projeto Poço de Carbono Juruen, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal. Foi com o Poço de Carbono Juruena que entidades como a Coopavam, Amca e diversas outras puderam se desenvolver na região Noroeste de Mato Grosso, desde a capacitação em boas práticas até a organização das entidades.

A Aderjur, com recursos do projeto, também incentivou a certificação da produção, construir fábricas de beneficiamento de castanha, óleo, farinha e outros derivados.

“Quando tudo parecia pronto para a comercialização do extrativismo da floresta para a fábrica e da fábrica para o consumidor final vimos que era necessário capital de giro para que as entidades possam comprar com a castanha dos coletores com preço justo e à vista, numa escala suficiente para viabilizar o negócio”, explica Paulo Nunes, coordenador do projeto Poço de Carbono Juruena.

“E se isso está funcionando em nossa região, com a castanha, agora poderá ser replicado na Amazônia, com outros produtos extrativistas, posto que o problema não é a produção e sim o acesso ao mercado justo”, finaliza.

Poço de Carbono Juruena
O projeto Poço de Carbono Juruena, patrocinado pela Petrobras e desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, busca oferecer alternativas sustentáveis de renda aos agricultores familiares e povos indígenas.

O projeto apoia o extrativismo da castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Promove a educação ambiental para a gestão e conservação dos recursos naturais. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.


Encontro incentiva o protagonismo feminino em Mato Grosso

Posted on sábado, 27 de abril de 2019 Nenhum comentário
As experiências das mulheres em comunidades indígenas, rurais e extrativistas tem sido fundamental para a melhoria de renda e qualidade de vida em muitas regiões do Brasil, sobretudo na Amazônia. Este foi um dos temas discutidos no IV Encontro de Mulheres Rurais e Indígenas do Noroeste de Mato Grosso e Acre.

Realizado entre 22 e 24 de abril em Juruena, a 900 km de Cuiabá (MT), o evento foi promovido pelo projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Aderjur, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e pelo projeto Bem Diverso, uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

Ao todo, participaram 48 mulheres agricultoras e extrativistas do Noroeste de Mato Grosso e do Acre além de representantes dos povos indígenas Apiaká, Cayabi, Cinta-Larga e Munduruku. Durante os três dias, puderam conhecer experiências como a da Cooperativa dos Agricultores do Vale Amanhecer – Coopavam e da Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia – Amca. Ambas são apoiadas pelo projeto Poço de Carbono Juruena e estão instaladas no Assentamento Vale do Amanhecer.

A Coopavam possui uma fábrica de processamento de castanha-do-Brasil e produz óleo, farinha e barra de cereais. Somente em 2019, serão processadas 200 toneladas de castanha certificada da agricultura familiar e comunidades indígenas.

Já a Amca é uma associação essencialmente de mulheres com produção de biscoitos, paçocas e macarrão de castanha. Outra entidade visitada foi a Associação Marias da Terra – Amater, que é especialista em produção de farinha de banana e seus derivados.

Também foram realizadas visitas a propriedades que são referência em Sistemas Agroflorestais (Safs), hortas agroecológicas e quintais agroflorestais. Essas experiências são replicáveis e ajudam a melhorar a qualidade do solo, são uma alternativa de renda, além de serem produzidos alimentos mais saudáveis, uma vez que dispensam o uso de agrotóxicos.

Na avaliação das participantes o encontro foi de muito aprendizado, uma rica experiência de empoderamento de mulheres e organizações comunitárias femininas, com momentos de trocas de experiências de vida e de trabalho muito intensos, que ficaram marcados na memória das participantes, informou Lucinéia Machado, facilitadora do evento.

Poço de Carbono Juruena
O projeto Poço de Carbono Juruena, patrocinado pela Petrobras e desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena –Aderjur, busca oferecer alternativas sustentáveis de renda aos agricultores familiares e povos indígenas.

O projeto apoia o extrativismo da castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Promove a educação ambiental para a gestão e conservação dos recursos naturais. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Veja também