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Projeto Poço de Carbono Juruena é certificado como Tecnologia Social

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur), com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental foi reconhecido como Tecnologia Social pela Fundação Banco do Brasil. Uma tecnologia social é aquela que visa solucionar um problema social de forma simples, de baixo custo, que seja de fácil replicação e que tenha impacto social comprovado.

Além do Poço de Carbono Juruena, foram certificadas outras quatro tecnologias de Mato Grosso de um total de 192 no país. A certificação é um reconhecimento às melhores iniciativas do Brasil e faz parte do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.

O projeto Poço de Carbono Juruena teve início em janeiro de 2010 e, além de envolver mais de 260 famílias de Juruena, no Noroeste de Mato Grosso, tem a meta de plantar um milhão e quinhentas mil mudas de espécies frutíferas e florestais nativas da Amazônia. A adesão dos agricultores ao projeto é espontânea e vem aumentando com os resultados obtidos pelas famílias que já participam. Além das mudas, os agricultores recebem orientação técnica, capacitações, insumos e participam de intercâmbios em outras experiências consolidadas na região. Outro importante trabalho relacionado à redução de emissões de carbono vem sendo realizado pelo projeto através do uso de uma serraria portátil, que aproveita a madeira morta das roças e pastagens.

Além da formação dos sistemas agroflorestais, o projeto incentiva também a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (COOPAVAM) e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA), que trabalham com a castanha do Brasil e seus derivados. Para garantir a sustentabilidade, os técnicos do projeto ajudam a viabilizar projetos com instituições como a CONAB, através dos quais, 40 mil pessoas passaram a receber derivados de castanha do Brasil, como farinha, biscoitos, macarrão, azeite e doce da amêndoa. Além disso, empresas como a Natura Cosméticos e Jasmine Alimentos Orgânicos também fazem parte desta iniciativa. O objetivo final deste trabalho é garantir a conservação da floresta, através da valorização de produtos florestais não madeireiros e do uso múltiplo dessas áreas.
Na última edição do Prêmio da Fundação Banco do Brasil, em 2011, a AMCA foi uma das vencedoras, com a tecnologia “Participação de Mulheres na Gestão de Tecnologia Social”.

Prêmio da Fundação
Trinta finalistas concorrem a prêmios nos valores de R$ 80 mil, R$ 50 mil e R$ 30 mil, para o primeiro, segundo e terceiro colocados, respectivamente. Os projetos selecionados para concorrer à grande final foram classificados pelas categorias: Comunidades Tradicionais, Agricultores Familiares e Assentados da Reforma Agrária; Juventude; Mulheres; Gestores Públicos; e  Instituições de Ensino, Pesquisa e Universidades. O resultado final será divulgado em 19 de novembro, durante cerimônia em Brasília.

O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social acontece a cada dois anos e as inscrições são abertas a instituições legalmente constituídas no Brasil, de direito público ou privado, sem finalidades lucrativas. Desde 2001, por meio do Prêmio, a Fundação BB identificou, premiou e certificou como tecnologia social diversas iniciativas que hoje compõem o Banco de Tecnologias Social, uma base de dados online com mais de 500 tecnologias sociais disponíveis para consulta.


* Com informações da Fundação Banco do Brasil

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