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Poço de Carbono Juruena e Projetos patrocinados pela Petrobras plantarão 4.500 mudas de espécies ameaçadas

Posted on quarta-feira, 17 de julho de 2019 Nenhum comentário

O Projeto Poço de Carbono Juruena, em conjunto com outros 14 projetos ambientais, plantarão cerca de 4.500 mudas em várias regiões do país no próximo dia 17. O Poço de Carbono Juruena é o responsável pelo plantio de 1.500 mudas nativas de 65 espécies da Amazônia como Castanheira, Ipê, Cedro, Mogno, Parica, no município de Juruena (MT). Essa iniciativa faz parte de uma ação coletiva, resultado da integração de projetos patrocinados pela Petrobras, a maioria da linha Florestas e Clima, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Na cultura popular brasileira, a proteção das florestas é personificada na figura mítica do Curupira, um espírito mágico que habita as florestas e ajuda a protegê-las. Por este motivo, o dia 17 de julho também é considerado o Dia do Curupira, o “protetor das florestas”. Por isso, nesta data muitas ações práticas são realizadas para mostrar a importância de fazer algo para proteger as florestas.
Essa ação, que envolverá crianças, jovens, universitários, comunidades tradicionais e povos indígenas, pretende reforçar a importância da proteção das florestas não só para a regulação do clima, mas também para a manutenção da vida no planeta. A ideia é aproximar as pessoas e a natureza, disseminando conhecimentos sobre as espécies ameaçadas, a necessidade de recuperação e preservação dos recursos para gerações futuras e a utilização das plantas em várias atividades humanas como a alimentação, o uso medicinal, a produção de cosméticos, entre outros.
Esta ação conta com uma campanha digital nas redes sociais dos projetos participantes com a hashtag #florestaseclima e #juntospelomeioambiente.
O projeto Poço de Carbono Juruena
Na cultura tradicional indígena dos povos do Noroeste de MT, a castanheira (Bertholletia excelsa) é a árvore da vida, de cujo fruto nasceram os primeiros seres humanos. Esta espécie manejada num trabalho importante de extrativismo que inclui jovens, mulheres e homens, indígenas e agricultores familiares organizados em associações e cooperativa gerando renda e valorizando a floresta em pé. Além disso, a árvore mais frondosa da floresta também é cultivada em sistemas agroflorestais.
Somando o plantio deste dia de Proteção às Florestas e o plantio de espécies nativas do último ciclo chuvoso, o projeto já plantou 215 mil mudas de espécies nativas consorciadas em sistemas agroflorestais, recuperando recuperou 91 hectares de áreas degradas.
Parte da produção destas áreas garante a segurança alimentar das famílias que participam do projeto Poço de Carbono Juruena e a produção adicional é usada para a geração de renda para estas famílias. Por ser um período de estação seca na Amazônia, o projeto executará o plantio das mudas no Dia de Proteção às Florestas em áreas de agricultores que já possuem plantios irrigados.

Conheça abaixo os projetos envolvidos nessa ação de proteção às florestas:

ESTADO
PROJETO
LINK DO PROJETO
N° DE MUDAS
BIOMA
PRINCIPAIS ESPÉCIES A SEREM PLANTADAS
SP/PR
Projeto Agroflorestar

 150
Mata Atlântica
Palmeira-juçara (principalmente), Jatobá, Guanandi, Grumixama, Gabiroba, Cedro, Guapiruvu, Canela-niúva, Ipê-amarelo, Araçá-vermelho.

AM
Projeto Amazonas sustentável
300
Amazônia
Castanheira, Cacau, Açaí, Cupuaçu, Acerola
RS
Projeto Ar, Água e Terra
500
Mata Atlântica
Araticum,
Butiá, Canela, Chal-chal, Cocão erva-mate,  Guabiroba,  Juçara, Pata-de vaca e Pau-brasil
BA
Projeto CO2 Manguezal
100
Mata Atlântica
Pau-brasil, Jatobá, Landi Carvalho, Saboneteira, Inhaíba, Ipê roxo, Canafístula, Urucum, Jenipapo, Jabuticaba, Angelim, Ingá
CE
Projeto De Olho na Água
715
Caatinga/  Ecossistema manguezal
Tabebuia Sp., Rhizophora mangle e Laguncularia racemosa
RJ
Projeto Guapiaçu Grande Vida (GGV)
300
Mata Atlântica
Garapa, Jequitibá-rosa,
Cedro-rosa, Imbirema,
Jacarandá-da-bahia,
Palmito-juçara, Braúna, Pau-brasil, Cambucá,
Bicuíba
CE
Projeto No Clima da Caatinga
60
Caatinga
Ipê, Catingueira, Angico, Carnaúba,
Tamboril, Jatobá, Sabiá
MT
Projeto Pacto das Águas
50
Amazônia
Ipê, Mogno, Cerejeira, Castanheira
MT
Projeto Poço de Carbono Juruena
1500
Amazônia
Castanheira, Ipê, Cedro, Mogno, Parica
SP
Projeto Semeando Água
50
Mata Atlântica
Palmito-juçara, Araucária, Pau-brasil, Jacarandá-da-Bahia
RO
Projeto Semeando Sustentabilidade
50
Amazônia
Cedro, Cerejeira, Maracatiara
SP
Projeto Verde Novo
50
Mata Atlântica
Canjarana, Cedro-rosa, Juçara, Canela, Jequitibá
RO
Projeto Viveiro Cidadão
150
Amazônia
Andiroba, Castanheira e Cerejeira
RJ
Projeto Uçá
500
Mata Atlântica/ Manguezal
Mangue Vermelho, Mangue Branco e Mangue Preto
ES
Projeto Uruçu Capixaba
150
Mata Atlântica
Cedro-rosa, Jacarandá-da-bahia, Palmito-juçara, Braúna, Pau-brasil
TOTAL
15 projetos

4.625 mudas
3 biomas
Mais de 60 espécies


Indígenas de Mato Grosso participam de Congresso Internacional em Brasília

Posted on terça-feira, 9 de julho de 2019 Nenhum comentário
Dois representantes dos povos indígenas em Mato Grosso participaram do 3º Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina, realizado na Universidade de Brasília (Unb), na capital do país. Marcelo Munduruku e Evanilson Crixi Morimã, professores da Terra indígena Apiaká-Kayabi, no Noroeste de Mato Grosso, apresentaram trabalhos sobre saneamento básico e controle do fogo na terra indígena.

Ambos participaram do projeto de extensão da Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat ConTextos ambientais Juruena-Juara/MT: formação docente de professores indígenas e da rede pública em Educação Ambiental, que trabalhou temas de forma multidisciplinar no Programa de Educação Ambiental do Projeto Poço de Carbono Juruena.

Para o professor Marcelo Munduruku, participar do evento em Brasília, que reuniu mais de 3.500 pessoas em conferências, oficinas, debates e exposições foi uma oportunidade única. “Além da minha apresentação do meu trabalho sobre saneamento básico em aldeias e do trabalho sobre fogo controlado do Evanilson, participamos de diversos debates, o que só enriquece nosso conhecimento,” explica. “Além disso, conversamos com vários líderes indígenas para fortalecer a nossa luta”.

A participação dos indígenas no evento teve apoio do Projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Associação do Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur), com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O projeto apoia o extrativismo da castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

O Congresso Internacional Povos Indígenas da América Latina (Cipial) reúne pesquisadores indígenas e não indígenas de diversos países e áreas do conhecimento. A primeira edição ocorreu em 2013, no México e a segunda edição em 2016, na Argentina. Na edição de 2019, no Brasil, o tema central foi “Trajetórias, narrativas e epistemologias plurais, desafios comuns”.

Fundo rotativo solidário será apresentado como oportunidade ao extrativismo na Amazônia

Posted on quinta-feira, 9 de maio de 2019 Nenhum comentário

Um dos principais desafios para o melhor desenvolvimento do extrativismo na Amazônia é garantir que os coletores recebam um preço justo pelo trabalho. Para que isso acontecesse foi criado há dois anos no Noroeste de Mato Grosso o Fundo Rotativo Solidário, voltado para a cadeia da castanha-do-Brasil. A iniciativa será apresentada na terça (14) na sede do Banco da Amazônia, em Belém (PA) como possibilidade de modelo de replicação na Amazônia.

Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, em parceria com a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia – Amca e Cooperativa de Agricultores do Vale do Amanhecer – Coopavam, a ideia é bastante simples. A Amca e a Coopavam podem emprestar recursos do fundo para pagar à vista a produção dos coletores de castanha de associações indígenas e cooperados.

Dessa forma, os coletores recebem um valor justo pela castanha e a associação e a cooperativa podem fechar acordos de compra e venda de castanha para empresas. A disponibilidade de recurso é boa para as empresas também, pois podem ter uma oferta regular de castanha em amêndoa ou óleo de castanha.

Para garantir o início do funcionamento do Fundo Rotativo Solidário, a Climate and Land Use Alliance – Clua fez um aporte de 400 mil reais. A Clua é uma coalizão de entidades que acreditam que as florestas conservadas e o uso sustentável da terra são importantes para uma resposta global às mudanças climáticas.

Dez anos de trabalho
Apesar de a ideia ser aparentemente simples, foram necessários mais de dez anos de trabalho da Aderjur com o projeto Poço de Carbono Juruen, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal. Foi com o Poço de Carbono Juruena que entidades como a Coopavam, Amca e diversas outras puderam se desenvolver na região Noroeste de Mato Grosso, desde a capacitação em boas práticas até a organização das entidades.

A Aderjur, com recursos do projeto, também incentivou a certificação da produção, construir fábricas de beneficiamento de castanha, óleo, farinha e outros derivados.

“Quando tudo parecia pronto para a comercialização do extrativismo da floresta para a fábrica e da fábrica para o consumidor final vimos que era necessário capital de giro para que as entidades possam comprar com a castanha dos coletores com preço justo e à vista, numa escala suficiente para viabilizar o negócio”, explica Paulo Nunes, coordenador do projeto Poço de Carbono Juruena.

“E se isso está funcionando em nossa região, com a castanha, agora poderá ser replicado na Amazônia, com outros produtos extrativistas, posto que o problema não é a produção e sim o acesso ao mercado justo”, finaliza.

Poço de Carbono Juruena
O projeto Poço de Carbono Juruena, patrocinado pela Petrobras e desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, busca oferecer alternativas sustentáveis de renda aos agricultores familiares e povos indígenas.

O projeto apoia o extrativismo da castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Promove a educação ambiental para a gestão e conservação dos recursos naturais. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.


Formação em Educação Ambiental capacita professores indígenas e da rede pública

Posted on segunda-feira, 23 de julho de 2018 Nenhum comentário
Um programa inédito de Educação Ambiental está reunindo sessenta e seis professores indígenas e não-indígenas de Juruena e Juara, no Noroeste de Mato Grosso. A expectativa é que a comunidade escolar se envolva na proposição de alternativas de problemas ambientais da região, bem como incentivar a discussão de políticas públicas. Os principais resultados serão divulgados em uma publicação impressa e digital no início do ano que vem.

A proposta do projeto de extensão da Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat ConTextos ambientais Juruena-Juara/MT: formação docente de professores indígenas e da rede pública em Educação Ambiental é trabalhar o tema de forma multidisciplinar na área de atuação do projeto Poço de Carbono Juruena.

Rosalia de Aguiar Araújo, Mestre em Ciências Florestais e Ambientais, professora da Unemat, e coordenadora do projeto de extensão, explica que a forma de trabalhar com os professores de Juara e de Juruena, apesar de diferenciada, comunga da epistemologia da prática e das nuances culturais que permeiam os dois grupos de professores. Entretanto, nos dois casos espera-se que a sensibilização para mudanças de comportamento seja despertada tanto nos professores quanto nos alunos.

Com os professores da Terra Indígena Apiaká-Kayabi, de Juara, são realizados encontros em cada uma das três escolas e em algumas etapas há um encontro coletivo com todos os professores das três etnias indígenas. Duas das escolas elegeram o tema “fogo” para ser trabalhado e a terceira escola escolheu o tema “água”. O risco de grandes incêndios florestais que se originam fora da terra indígena e a perda na qualidade da água pela ocupação no entorno, com cidades e agropecuária são temas urgentes para a comunidade indígena.

“Os professores estão desenvolvendo em sala de aula ações e atividades com os alunos sobre o tema escolhido e a perspectiva é que esse trabalho em sala de aula mobilize toda a comunidade indígena para ações de preservação”, explica Rosalia.

Já com os professores da rede estadual e municipal de Juruena o processo é diferente. Como eles já trabalharam com Educação Ambiental em fases anteriores do projeto Poço de Carbono Juruena, dois ou três professores de cada escola foram selecionados para participar de encontros presenciais que acontecem uma vez por mês. Entre um encontro e outro os professores desenvolvem ações com os alunos e outros professores.

“Esses professores já iniciaram a formação elaborando um projeto para desenvolver com os alunos. Esses projetos orientarão o passo-a-passo e o nível de envolvimento dos alunos”, comenta.

Seminário reunirá professores
Devido a distância entre os municípios, cerca de 350 quilômetros, e a realidade específica das escolas indígenas de Juara e da rede pública de Juruena, todos os professores que participam da formação só irão se encontrar no seminário anual que será realizado no final do ano.

Este será o momento de troca de experiências, apresentação dos resultados dos trabalhos, além da realização de algumas oficinas. “As escolas indígenas de Juara, por exemplo, percebem os impactos do agronegócio e do consumismo urbano, que está resultando em danos ambientais gravíssimos, que podem alterar a dinâmica alimentar e de saúde da população, declara Rosália.

Poço de Carbono Juruena
O projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, busca oferecer alternativas sustentáveis de renda aos agricultores familiares e povos indígenas.

“A formação em Educação Ambiental é fundamental para o entendimento de como as proposições trazidas pelo projeto para a comunidade dialoga com muitas das questões que estão sendo trabalhadas pelos professores em sala de aula, resultando em maior empoderamento dos professores e alunos pelas atividades do projeto, seu maior alcance para as famílias e sua sustentabilidade em longo prazo”, explica Paulo Nunes, coordenador do projeto.

O projeto apoia o extrativismo da castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

DFDA-MT faz vistoria em projetos do PAA Formação de Estoques em Juruena (MT)

Posted on sexta-feira, 22 de junho de 2018 Nenhum comentário
Assessoria MDA – A Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário do Mato Grosso realizou nos dias 7 e 8 de junho a vistoria na Associação Marias da Terra (Amater), na Comunidade 13 de Maio, com 16 sócias, e na Associação de Mulheres Andorinhas do Canamã (Amac), na Comunidade Somapar, com 30 sócias, no município de Juruena/MT, região Noroeste de Mato Grosso, a 887 km de Cuiabá.

As associações nasceram do interesse em melhorar as condições de vida no campo por meio da geração de trabalho e renda e garantir autonomia e dignidade sem divisão do trabalho por gênero. As associações recebem o apoio técnico da equipe da Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Adejur) no âmbito do Projeto Poço de Carbono Juruena, patrocinado pela Petrobras. 

Além de promover a inclusão econômica e social com fomento à produção, com sustentabilidade e a geração de renda, segundo a técnica da Adejur, Lucineia Machado da Silva, “por ser a primeira vez das associações no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Formação de Estoque, será uma excelente oportunidade para trabalharem a gestão do recurso e comercialização dos produtos a fim de recuperarem o investimento para quitação da CPR-Estoque com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)”.

Recentemente, as associações apresentaram proposta para formação de estoque de farinha de mesocarpo de babaçu. A agricultora Márcia Kraemer dos Santos Souza, tesoureira da Amac, informou que “a ideia de trabalhar com o babaçu, presente em todos os sítios da região, foi o de trazer uma renda a mais para as mulheres que não tinham muita ocupação, já que a bacia leiteira é muito forte na região. Conhecendo a experiência de outras pessoas que já trabalharavam com o babaçu, começaram o processamento, que é feito na casa de cada associada, de forma manual. “

Segundo ela, o recurso do PAA Estoque possibilitará o aumento de renda das associadas e também a estruturação da associação como local adequado para o armazenamento do babaçu, que poderá ser processado ao longo do ano, visto que hoje as associadas só coletam o que conseguem armazenar em suas casas; transporte do babaçu dos sítios para a sede da AMAC; compra de equipamentos para o processamento do babaçu, como trituradores e utensílios para produção de bolos, biscoitos e pães, agregando valor à farinha de babaçu; e o pagamento das despesas com embalagens e rótulos. Dessa forma, fortalecerá a associação com o aumento da produção para atender um mercado em expansão.

Hoje, a comercialização da farinha de babaçu e seus derivados (pães, bolos e biscoitos) é realizada pelas associações na feira local, no Centro de Comercialização da Agricultura Familiar e Extrativista com Base na Economia Solidária (Cecafs) e no mercado institucional por meio do PAA Doação Simultânea, onde os produtos são doados a populações indígenas da região em situação de insegurança alimentar e nutricional, das etnias Cinta Larga, Apiaka, Kaiaby, Munduruku e Erikbatsa, graças ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), destinado a merenda de escolas municipais e estaduais do município.

Povos indígenas e agricultores se unem para criar rede sustentável na Amazônia

Posted on terça-feira, 29 de maio de 2018 Nenhum comentário
Representantes de quatro povos indígenas, quatro associações e uma cooperativa de agricultores estiveram reunidos em maio, em Juruena, no Noroeste de Mato Grosso, para discutir a criação da Rede Sentinelas da Floresta. A proposta da rede é uni-los para valorizar o potencial da comercialização dos produtos do extrativismo e agricultura familiar para o mercado nacional e internacional.

Aumentar a escala de produção e fortalecer as organizações de base comunitária são outros dos objetivos da rede, que conta com apoio do projeto Poço de Carbono Juruena, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. Fazem parte da rede que está sendo construída associações dos povos indígenas Cinta Larga, Munduruku, Apiaká, Kayabi, juntamente com as Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, Cooperativa de Agricultores do Vale do Amanhecer – Coopavam, Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia – Amca, Associação Marias da Terra – Amater e Associação de Mulheres Andorinhas do Canamã – Amac.

Marcelo Munduruku, da Aldeia Nova Munduruku, em Juara, a cerca de 300 km de Juruena e 700 km de Cuiabá, capital de Mato Grosso, explica que seu povo produz cerca de 15 toneladas de castanha-do-Brasil por safra. Ele lembra que antigamente a produção era dispersa, mas a partir de projetos como o Poço de Carbono Juruena, que apoiou a organização do extrativismo, o valor do quilo produzido teve um aumento de R$ 1,50 para R$ 4,00. O resultado dessa aliança que já dura cinco anos é fundamental para avançar na proposta da criação da rede de parceiros.

“Precisamos nos unir com outros grupos que tem o mesmo objetivo comum, que apostem em outros meios que não a monocultura”, explica. “Nós temos potencial para o agroextrativismo também de cacau, açaí, seringa, buriti e outros produtos”, complementa.

Já Kawayp Katu Kayaby, presidente da Associação Indígena Kawaiwete, que une 66 famílias que produzem cerca de 180 toneladas por safra, acredita na força da proposta, mas que é preciso ser bem discutida nas aldeias. “Temos que discutir muito a criação da rede na nossa comunidade, porque precisamos pensar na produção de outros produtos e na sustentabilidade das nossas famílias”, acrescenta.

Esta é a mesma opinião da Marcia Kraemer dos Santos Souza, vice-presidente da Aderjur, entidade que executa o projeto Poço de Carbono Juruena. “A nossa associação já tem 22 anos, nós temos um nome forte e sempre ajudamos outras associações. Está na hora de unirmos nossas forças”, explica.

Para Márcia, a força da rede Sentinelas da Floresta está em organizar esses atores para planejar um desenvolvimento para essas entidades e elas poderem negociar melhores preços e condições com os compradores de castanha e outros produtos que tem origem na agricultura familiar e no extrativismo.

Próximos passos
A criação da Rede Sentinelas da Floresta tem sido facilitada pela Conexsus, com apoio da Climate and Land Use Alliance (Aliança Climática para o uso da Terra) – Clua. A Conexsus tem como proposta incentivar negócios sustentáveis, especialmente na Amazônia, para ajudar a promover uma economia de baixa emissão de carbono.

O consultor da entidade, Fragoso Junior, explica que foi realizado um diagnóstico das organizações para entender como cada uma delas poderiam contribuir na consolidação da rede. “Avançamos na proposta de funcionamento da rede, com um plano de ação, compromissos e ações coletivas e individuais”, explicou.

“Também apresentamos um produto, que é um plano de investimento híbrido, que conta com apoio de fundos não-reembolsáveis para apoiar soluções dessa iniciativa”, finaliza.

As discussões para a criação da rede Sentinelas da Floresta deverão ser intensificadas nas próximas semanas até sua formalização.

Sobre o projeto Poço de Carbono Juruena
Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, com patrocínio da Petrobras, o projeto Poço de Carbono Juruena apoia o extrativismo de castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Mudanças climáticas e seus impactos nas comunidades tradicionais na Amazônia são temas de reportagens internacionais

Posted on sábado, 12 de maio de 2018 Nenhum comentário
É essencial que projetos que defendam as necessidades de ribeirinhos, assentados e indígenas ganhem escala, tanto como fonte de renda para essas comunidades, como para minimizar os impactos das mudanças climáticas, que já são visíveis. Esta é uma das observações do jornalista americano Sam Eaton, que esteve no Brasil em abril e maio pra fazer uma série de reportagens socioambientais.

As reportagens de Eaton, que é um dos jornalistas independentes especialistas neste tema em nível global, serão publicadas na revista The Nation e também irão ao ar em junho e julho no programa “The World”, uma co-produção da BBC britânica com a PRI americana. Além disso, também serão apresentadas num canal de TV público dos Estados Unidos. As matérias foram produzidas a partir de financiamentos da Associação Norte-Americana de Jornalistas de Meio Ambiente e do Pulitzer Center for Crisis.

Em Mato Grosso, Sam Eaton conheceu os Mundurukus, da aldeia Nova Munduruku, de Juara, no Noroeste de Mato Grosso. Os indígenas relataram que a Terra Indígena faz divisa com grandes fazendas. O uso de agrotóxicos nessas fazendas além do esgoto que vai para os rios sem tratamento básico está causando a redução de peixes nos rios que cortam a terra indígena. A pesca predatória também tem acentuado a escassez de peixes.

Além disso, a redução de chuvas causada pelo El Niño, cada vez mais frequente nesta região do Mato Grosso, está causando diminuição no nível dos rios durante a estação das águas, o que está interferindo na piracema, na desova dos cardumes e na disponibilidade de peixes nos rios, informou Raimundo Munduruku.

Os Munduruku são um dos povos em que o Poço de Carbono Juruena atua. O projeto é desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

O Poço de Carbono Juruena incentiva a extração e comercialização de castanha-do-Brasil de comunidades tradicionais como forma de potencializar a economia local e ser uma alternativa de renda a centenas de pessoas na região. A castanha, além de ser um produto típico de comunidades tradicionais amazônicas, sua árvore também oferece uma série de serviços ambientais. Como as castanheiras precisam da floresta para produzir frutos, é um apelo a mais contra o desmatamento.

“Desde 2010, quando os Mundurukus se tornaram parceiros do projeto, eles melhoram a qualidade da castanha e estão vigiando suas áreas com mais intensidade para proteger a floresta contra invasores, ao mesmo tempo em que estão sendo melhor remunerados na negociação de preços da sua castanha”, explica Paulo Nunes, coordenador do projeto.

“A viabilidade do projeto foi demonstrada com o entusiasmo em mostrar os resultados, com a vontade de plantar mais castanheiras, manifestada por assentados e indígenas e com a satisfação de não mais dependerem de atravessadores”, explica Cassuça Benevides, jornalista que acompanhou Sam Eaton durante a viagem como produtora e tradutora. “O ganho de escala de projetos que colocam lado a lado as necessidades de ribeirinhos, assentados e indígenas, como acontece com o Poço de Carbono Juruena, nos parece essencial para acabar com a guerra entre os que pregam o atual modelo de desenvolvimento e os que defendem os direitos dos indígenas em manter seu modo de vida tradicional e sua cultura, já que promovem o desenvolvimento sustentável e valorizam a floresta em pé”, complementou.

Fortalecimento da economia local e o ponto de não-retorno
Sam Eaton também entrevistou técnicos do Ibama e o climatologista brasileiro ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Carlos Nobre. O especialista vem alertando que regiões da Amazônia estão próximas de um ponto de não-retorno. Ou seja, que se nada for feito, os efeitos do desmatamento serão irreversíveis. Uma das formas para combater esse impacto é justamente a criação de uma “economia local baseada em beneficiamento dos produtos extrativistas da floresta”. E isso é justamente o que projetos como o Poço de Carbono Juruena vem estimulando.

Sobre o projeto
Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, com patrocínio da Petrobras, o projeto Poço de Carbono Juruena apoia o extrativismo de castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Mudanças climáticas e seus impactos nas comunidades tradicionais na Amazônia são temas de reportagens internacionais

Posted on sexta-feira, 11 de maio de 2018 Nenhum comentário

Projeto Poço de Carbono Juruena é reconhecido como uma eficiente proposta de mitigação dos efeitos de mudanças climáticas e alternativa econômica para a região 
 
Assessoria - É essencial que projetos que defendam as necessidades de ribeirinhos, assentados e indígenas ganhem escala, tanto como fonte de renda para essas comunidades, como para minimizar os impactos das mudanças climáticas, que já são visíveis. Esta é uma das observações do jornalista americano Sam Eaton, que esteve no Brasil em abril e maio pra fazer uma série de reportagens socioambientais.

As reportagens de Eaton, que é um dos jornalistas independentes especialistas neste tema em nível global, serão publicadas na revista The Nation e também irão ao ar em junho e julho no programa "The World", uma co-produção da BBC britânica com a PRI americana. Além disso, também serão apresentadas num canal de TV público dos Estados Unidos. As matérias foram produzidas a partir de financiamentos da Associação Norte-Americana de Jornalistas de Meio Ambiente e do Pulitzer Center for Crisis.

Em Mato Grosso, Sam Eaton conheceu os Mundurukus, da aldeia Nova Munduruku, de Juara, no Noroeste de Mato Grosso. Os indígenas relataram que a Terra Indígena faz divisa com grandes fazendas. O uso de agrotóxicos nessas fazendas além do esgoto que vai para os rios sem tratamento básico está causando a redução de peixes nos rios que cortam a terra indígena. A pesca predatória também tem acentuado a escassez de peixes. 

Além disso, a redução de chuvas causada pelo El Niño, cada vez mais frequente nesta região do Mato Grosso, está causando diminuição no nível dos rios durante a estação das águas, o que está interferindo na piracema, na desova dos cardumes e na disponibilidade de peixes nos rios, informou Raimundo Munduruku.

Os Munduruku são um dos povos em que o Poço de Carbono Juruena atua. O projeto é desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

O Poço de Carbono Juruena incentiva a extração e comercialização de castanha-do-Brasil de comunidades tradicionais como forma de potencializar a economia local e ser uma alternativa de renda a centenas de pessoas na região. A castanha, além de ser um produto típico de comunidades tradicionais amazônicas, sua árvore também oferece uma série de serviços ambientais. Como as castanheiras precisam da floresta para produzir frutos, é um apelo a mais contra o desmatamento.

“Desde 2010, quando os Mundurukus se tornaram parceiros do projeto, eles melhoram a qualidade da castanha e estão vigiando suas áreas com mais intensidade para proteger a floresta contra invasores, ao mesmo tempo em que estão sendo melhor remunerados na negociação de preços da sua castanha”, explica Paulo Nunes, coordenador do projeto.

“A viabilidade do projeto foi demonstrada com o entusiasmo em mostrar os resultados, com a vontade de plantar mais castanheiras, manifestada por assentados e indígenas e com a satisfação de não mais dependerem de atravessadores”, explica Cassuça Benevides, jornalista que acompanhou Sam Eaton durante a viagem como produtora e tradutora. “O ganho de escala de projetos que colocam lado a lado as necessidades de ribeirinhos, assentados e indígenas, como acontece com o Poço de Carbono Juruena, nos parece essencial para acabar com a guerra entre os que pregam o atual modelo de desenvolvimento e os que defendem os direitos dos indígenas em manter seu modo de vida tradicional e sua cultura, já que promovem o desenvolvimento sustentável e valorizam a floresta em pé”, complementou.

Fortalecimento da economia local e o ponto de não-retorno

Sam Eaton também entrevistou técnicos do Ibama e o climatologista brasileiro ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Carlos Nobre. O especialista vem alertando que regiões da Amazônia estão próximas de um ponto de não-retorno. Ou seja, que se nada for feito, os efeitos do desmatamento serão irreversíveis. Uma das formas para combater esse impacto é justamente a criação de uma “economia local baseada em beneficiamento dos produtos extrativistas da floresta”. E isso é justamente o que projetos como o Poço de Carbono Juruena vem estimulando.

Sobre o projeto
Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – Aderjur, com patrocínio da Petrobras, o projeto Poço de Carbono Juruena apoia o extrativismo de castanha-do-Brasil em vários municípios do Noroeste de Mato Grosso. Também incentiva a diversificação de cultivos na recuperação de áreas por meio de sistemas agroflorestais em pequenas propriedades de Juruena. Dessa forma, os agricultores têm diversas opções de cultivos e uma renda garantida e melhor distribuída ao longo do ano. Além do benefício econômico, os sistemas agroflorestais “imitam” o comportamento da floresta, armazenando carbono e ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

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