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Rede de serviços aumenta produtividade na indústria de madeira e móveis na Amazônia

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011


PNUD - Criar condições favoráveis ao desenvolvimento da cadeia produtiva de móveis na região amazônica brasileira. Este é um dos resultados alcançados com a ajuda de uma rede de serviços tecnológicos que oferece treinamento e capacitação para micro e pequenas empresas da indústria moveleira que atuam na região.

O projeto veio suprir a necessidade de capacitação dos empreendimentos que, em grande parte, realizavam a extração e venda da madeira em forma bruta ou ainda fabricavam os móveis de modo rudimentar – o que, por não agregar valor aos produtos, tornava o setor menos atrativo em relação a outras indústrias locais como a do turismo, pesca ou agricultura. “A importância em trabalhar a madeira vai no sentido de valorizar a cadeia produtiva sustentável da região”, diz Rosenely Diegues, Analista de Programa do PNUD Brasil.

Inicialmente implementado nos estados do Amazonas e do Pará, o projeto possui uma rede de instituições parceiras que fornecem assessoria para 240 micro e pequenas empresas. Atualmente, são 22 universidades, centros de tecnologia e pesquisa, sindicatos e secretarias de estado que fornecem capacitação e consultoria aos empreendimentos locais em diversas áreas como cooperativismo, gestão de negócios, produção moveleira e até manejo sustentável de florestas.

A estratégia da rede, que conta com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), é organizada por arranjos produtivos locais, como são conhecidos os núcleos regionais de desenvolvimento. Fazendo uso da inovação tecnológica e dos serviços prestados pelas instituições parceiras, os arranjos são voltados para a geração de emprego e renda e para a promoção do desenvolvimento socioeconômico regional.

Entre as parcerias internacionais do projeto estão o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Cosmob, centro tecnológico italiano referência no setor de madeira e móveis, que formou seis profissionais da região em design moveleiro, em 2010. Para o consultor do PNUD, Alessandro Costa, a capacitação no exterior trouxe um impacto positivo ao mercado de design na cidade de Belém. “Hoje, eles atuam como consultores das empresas que o projeto atende, e alguns já até abriram o próprio negócio”, diz.

Além do fortalecimento do setor e do desenvolvimento local, o acompanhamento da rede de serviços traz benefícios fiscais aos governos e direitos trabalhistas à população, encorajando os empreendimentos a se formalizarem. “As empresas estão saindo da informalidade – nos últimos anos, já trouxemos em torno de 40% delas para o mercado formal”, afirma Alessandro.

Um comentário

  1. Bem dito, o post é realmente frescos sobre este tema valioso. Eu me encaixo com suas conclusões e sedentos ansiosos para suas atualizações próxima

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