Com a proposta apresentada pelo Poço de Carbono Juruena, intitulada “Amazônia viva: Plantando e colhendo frutos para um mundo melhor", a Coopavam está alcançando um reconhecimento internacional ao trabalhar com uma economia solidária florestal, que está ajudando a mudar a realidade de dezenas de pessoas envolvidas direta e indiretamente. Criada em 2008, exclusivamente por agricultores assentados, a cooperativa contou com apoio do governo de Mato Grosso e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), por meio do Projeto de Conservação e Uso Sustentável das Florestas no Noroeste do Mato Grosso.

Para garantir a produção, além das castanhas que são coletadas na reserva legal do assentamento, de 7 mil hectares, foram firmadas parcerias para coleta de sementes em áreas privadas. Outra parte da produção é adquirida de povos indígenas, como os Apiacás-Kaiaby, Mundurucus e Zoró. Por trabalharem sob a ótica do comércio justo, a Coopavam ajudou a melhorar o preço pago pela castanha-do-Brasil na região noroeste, saindo de 1 real por quilo em 2008 para 3 reais por quilo em 2011.
Os objetivos do milênio foram definidos em 2000 durante a reunião da Cúpula do Milênio, realizada em Nova Iorque. Líderes de 191 nações oficializaram um pacto para tornar o mundo mais solidário e mais justo, até 2015. São eles:
1 - Erradicar a extrema pobreza e a fome;
2 - Educação básica de qualidade para todos;
3 - Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres;
4 - Reduzir a mortalidade infantil;
5 - Melhorar a saúde das gestantes;
6 - Combater o HIV/ AIDS, a malária e outras doenças;
7 - Garantir a sustentabilidade ambiental;
8 - Estabelecer parcerias para o desenvolvimento;
Associação de Mulheres foi premiada
A Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia – AMCA, também localizada no assentamento Vale do Amanhecer e apoiada pelo projeto Poço de Carbono Juruena, foi uma das vencedoras do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2011. A premiação ocorreu em novembro em Brasília (DF) e com o prêmio, no valor de 80 mil reais, será possível construir a sede da associação.
Em dois anos de funcionamento a AMCA envolve cerca de 90 agricultoras que recebem, em média, 800 reais mensais beneficiando, entre outros produtos, castanha-do-Brasil e produzindo biscoito de castanha. Os produtos são vendidos principalmente à CONAB por meio do seu Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que distribui os alimentos em escolas públicas da região Noroeste de Mato Grosso.
O Projeto Poço de Carbono Juruena é implementado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena, patrocinado pela Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental e tem como um dos principais objetivos apoiar a comercialização de produtos agroflorestais e florestais não-madeireiros.
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