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Projeto leva mostra fotográfica itinerante ao Parque Indígena do XINGU

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Mato Grosso é desvendado pelo olhar de Henrique Santian, através de uma exposição composta por 20 imagens do acervo que marca suas andanças por Mato Grosso e começa a circular já na próxima semana. A primeira localidade visitada é a aldeia Ulupuwene, do povo Waujá, no Parque indígena do Xingu. A exposição traduz a sua concepção dos biomas Cerrado, Amazônia, Araguaia e Pantanal, com uma visão nada tradicional de recepção, onde identifica detalhes da natureza, agora imolada pela presença do homem predador. Ao fazer o registo fotográfico de ambientes naturais e em transformação, o fotógrafo traz como identidade em seu trabalho, um olhar documental artístico, que propõe criar uma reflexão pelo antagonismo das imagens paralelamente apresentadas.
O público, além de usufruir de momentos hedônicos, pela beleza das paisagens retratadas, poderá ultrapassar os momentos contemplativos em uma imersão de apelo ecológico pela preservação e conservação dos ecossistemas. Contemplado pelo Edital Circula MT (2016), do Governo do Estado de Mato Grosso, através da Secretaria de Estado de Cultura, Santian irá a quatro localidades do estado - aldeia Ulupuwene, Santiago do Norte, Chapada dos Guimarães e Vila Bela da Santíssima Trindade, onde, além da exposição, realizará oficinas de fotografia documental. Das quatro localidades visitadas, três receberão as oficinas.  

Nesta exposição, o fotógrafo/artista transgride a lei simbólica imposta pelo social e se articula em novas “identidades subjetivas e sociais”. "Nessa nova sistemática de mediação, propõe uma relação transversal entre o observador e o território, com a paisagem servindo de instrumento. Sendo assim, a criação da paisagem equivale à criação do sujeito que observa. A paisagem não é uma e sim várias, dependendo da concepção cultural/ideológica de quem a observa e o quanto é instigado por ela", diz José Serafim Bertoloto no texto de abertura da mostra. Um clássico da mostra é a série trabalhadores, que, por exemplo, traz lado a lado, a construção de uma casa indígena xinguana e um armazém de grãos da região Nordeste do Estado,  além das formas, texturas e geometria de ambos objetos, também trazem a reflexão do elo entre o homem predador e sua origem ancestral.

A construção desta mostra fotográfica nos permite uma provocação com as imagens, a de questionar desde os momentos contemplativos, até a preservação e conservação do nosso ecossistema. O fotógrafo explica ainda, que, está levando para cada região a oportunidade de compartilhar a arte e a troca de linguagem tanto visual quanto de vivência de cada um com seu lugar. "Reproduzi a exposição para deixar de presente para cada localidade visitada a série contendo 20 imagens, para uso didático das escolas, oportunizando inspirar e provocar mudanças na forma de ver e pensar o seu papel socioambiental", explica Santian. 

Henrique Santian é fotógrafo documentarista e artista visual multimídia, nascido em 1989 em Sorriso, no norte de Mato Grosso. Formado pela Omicron (PR), trabalha com fotografia desde os 15 anos, tendo conquistado boa parte de seu repertório de forma autodidata.  Sua obra é diversa e tem como marca um distinto olhar autoral. Atualmente mora em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, e desenvolve uma série de projetos documentais e artísticos concomitantes. 


Serviço:

03/09 a 09/09 Aldeia Ulupuwene (Wauja) – Terra Indígena do Xingu – MT
11/09 a 03/10 Santiago do Norte  – MT (a ser informado)
06/10 a 06/11 Chapada dos Guimarães – MT (a ser informado)
09/11 a 09/12 Vila Bela da Santíssima Trindade – MT  (a ser informado)       
contato: 065 999282309 (WhatsApp) ou e-mail  santianfoto1@gmail.com

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