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Seminário discute comércio de castanha como ferramenta de gestão ambiental

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O manejo de produtos florestais não-madeireiros, como a castanha-do-Brasil, tem se revelado uma excelente estratégia na gestão de terras indígenas e extrativistas. Pensando em como fortalecer esse manejo entre povos da floresta, o projeto Pacto das Águas, promove em Ji-Paraná (RO) o Seminário e intercâmbio de experiências para representantes dos grupos Tupi Mondé, sobre gestão ambiental e alternativas de geração de renda em terras indígenas.
Promovido pelo projeto Pacto das Águas,  que é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, o evento tem início nesta quinta-feira (29) e se estende até o dia 31 (sábado). São esperadas cerca de 40 pessoas, entre representantes do setor governamental, agricultores, lideranças indígenas e extrativistas.

A meta é que através de palestras, oficinas e rodadas de discussões, seja possível desenhar um panorama sobre os caminhos para a realização de ações de gestão ambiental em terras indígenas e na única reserva extrativista de Mato Grosso, a Resex Guariba-Roosevelt. "Nosso foco, neste momento, é a consolidação das alternativas de geração de renda, mais especificamente nas ações de cooperação entre os grupos para gestão de mercados", explica Plácido Costa, coordenador do projeto.

         Atualmente, estão envolvidos com o projeto os Cinta Larga das terras indígenas Serra Morena e Parque Indígena Aripuanã, os Zoró da terra indígena Zoró, os Gavião e Arara da terra indígena Igarapé Lourdes, os Rikbaktsa da Terra Indígena Japuíra e os seringueiros da RESEX Guariba Roosevelt.
         Também será discutida a possibilidade de criação de uma "agência de negócios" para os povos que integram essa iniciativa. A ideia é discutir, de forma participativa qual o melhor formato legal para dar maior agilidade na comercialização da castanha-do-Brasil e outros produtos não madeireiros, como o látex.

Sobre o projeto

O Pacto das Águas, desenvolvido por uma Oscip de mesmo nome, é um projeto apoia povos indígenas e seringueiros em sua organização social, nos processos de capacitação e na estruturação do sistema de coleta, seleção, armazenamento e comercialização de castanha do Brasil. Além disso, fomenta processos de gestão territorial e geração de renda baseados no uso sustentável da floresta e no respeito às formas de organização social destes povos.
O objetivo é articular uma rede de parceiros e agências financiadoras para a constituição de um programa regional de desenvolvimento sustentável, cabendo ao Pacto das Águas o apoio à gestão social e à assistência técnica para a estruturação do sistema de comercialização de 160 a 300 toneladas anuais de castanha e 25 ton. de borracha, envolvendo diretamente mais de 1.000 pessoas de cinco Terras Indígenas que abrangem em seu conjunto aproximadamente de 1,9 milhões de hectares nos estados de Rondônia e Mato Grosso além da Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, em Mato Grosso.


Veja abaixo a programação completa:




Programação
29/05
07h às 09h
Mesa de abertura – Mestre de cerimônia: Josias Cebirop
Plenária:
Abertura e Ritual de Boas Vindas do Povo Gavião
Apresentação da metodologia, objetivos e os resultados pretendidos no encontro.
Plácido Costa
Apresentações dos representantes dos grupos presentes e suas expectativas.

09h às 12h
Palestras / rodadas de discussões:
- O papel da Funai na consolidação da Cadeia de Valor da castanha no Corredor Tupi-Mondé– Representante da FUNAI Coordenação de Geração de Renda - COGER/CGETNO
- A politica do governo de RO para a estruturação da cadeia produtiva da castanha do Brasil – Representante do Governo do Estado.
Rodada de discussões

14h às 15h30
Vídeo Programa Integrado da Castanha
Apresentação de algumas experiências de manejo e comercialização de castanha do Brasil
Representante do povo Rikbaktsa
As boas práticas de manejo da castanha do Brasil.
João Manoel de Souza Peres
Pacto das Águas
O atual sistema de manejo, beneficiamento e armazenamento da castanha do Brasil para os grupos do PIC – Desafios e perspectivas.

Rodada de discussões

15h30 às 17h30
Associação do Povo Indígena Zoró - APIZ
Associação dos moradores agroextrativistas do Rio Guariba - AMARG
As ações de acesso aos recursos do PAA – CONAB e de gestão de mercados
Rosimar Braga – Pacto das Águas
Desafios e perspectivas atuais com comercialização por parte das associações.
Rodada de discussões


30/05
07h às 09h
Apresentação das experiências de Manejo e comercialização de castanha do Brasil
Gavião
Cinta Larga
Arara
Rikbaktsa

09h às 12h
Dia de campo:
Visita técnica ao entreposto de armazenamento e beneficiamento de castanha Dry do povo Zoró em Ji Paraná.

14h às 15h30
Apresentação das experiências de Manejo e comercialização de castanha do Brasil
RESEX
Zoró
Discussão e sistematização dos gargalos e perspectivas da gestão de mercados pelas associações

15h30 às 17h30
- Palestras:
- O cenário regional atual do mercado para a castanha do Brasil: Desafios e perspectivas Domingos Sávio – Pacto das Águas
- Rodada de discussões

31/05
07h às 09h
Apresentação da proposta da constituição da agencia de negócios para os povos da floresta do Corredor Tupi Mondé
Everaldo: Cooperativa ou empresa ?
Everaldo D. dos Santos – Pacto das Águas

09h às 12h
Rodada de discussões e encaminhamentos

14h às 15h30
Definição de estratégias comuns

15h30 às 17h30
Definição de estratégias comuns
Encerramento do encontro

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