Uma equipe do Poder Judiciário de Mato Grosso está em Juruena, no Noroeste de Mato Grosso, para conhecer iniciativas socioambientais da região que possam ser replicadas em assentamentos do estado. O projeto Poço de Carbono Juruena foi uma das experiências visitadas. Fazem parte da equipe a juíza Adriana Sant’Anna Coningham, da Vara Especializada de Direito Agrário, dois defensores públicos e um técnico da Ouvidoria Agrária Nacional, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).
Desenvolvido pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena, com patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental, o projeto envolve mais de 260 famílias do município e tem a meta de plantar um milhão e quinhentas mil mudas de espécies frutíferas e florestais nativas da Amazônia para formação de sistemas agroflorestais. Além das mudas, os agricultores recebem orientação técnica, capacitações, insumos e participam de intercâmbios em outras experiências consolidadas na região.
Na terça-feira (13) os representantes do Poder Judiciário conheceram o trabalho de organização social das comunidades envolvidas no projeto, o programa de educação ambiental com as escolas municipais e estaduais do município, desenvolvido em parceria com a Prefeitura, o plantio de espécies nativas em sistemas agroflorestais e a comercialização da produção destas áreas e dos produtos florestais não-madeireiros, como a castanha-do-Brasil. Para Paulo Nunes, coordenador técnico do projeto, esta é uma oportunidade importante para Mato Grosso dar um salto na área socioambiental. “Até pouco havia resistência em se implantar sistemas agroflorestais na Amazônia, mas nós estamos mostrando a viabilidade econômica e ambiental de consorciar espécies numa mesma área”, explica.
Ontem (14) foram visitadas a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer (Coopavam) e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA), ambas no Assentamento Vale do Amanhecer. As duas entidades somam 170 associados que produzem azeite, farinha, doce, macarrão e biscoitos de castanha do Brasil e que foram premiadas, respectivamente, no Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e no Prêmio de Tecnologias Sociais, promovido pela Fundação Banco do Brasil.
Anualmente, a Coopavam e AMCA, adquirem e beneficiam, com apoio do projeto, 300 toneladas de castanha de assentamentos e terras indígenas de oito municípios do noroeste de Mato Grosso e de Rondônia. A producão é comercializada na região para mais de 40 mil pessoas atendidas pela rede de proteção e promoção social e rede pública de ensino
Poder Judiciário conhece experiências socioambientais de Juruena
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013
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