As afirmações mais comuns são:
- Agora o Brasil poderá continuar crescendo; que quem produz alimentos para o sustento dos brasileiros não mais serão criminalizados e terão o devido reconhecimento.
-O retrocesso e ameaça a sustentabilidade ambiental e produtiva no Brasil representada pelo Novo Código é discurso de ONGs patrocinadas pelo capital estrangeiro que trabalham para que o Brasil preserve suas florestas porque eles (os estrangeiros, principalmente os europeus) já destruíram tudo e vêem no crescimento da produção e exportação brasileira uma ameaça;
-As propostas (todas) incorporadas ao novo código não ameaçam o equilíbrio ambiental, pelo contrário assegurarão a sustentabilidade ambiental e econômica da produção de alimenta do agronegócio que sustenta o Brasil e possibilitará ao pequeno agricultor tão penalizado pela atual legislação ambiental produzir dignamente em uma parte mais ampla da sua propriedade.
- A Academia Brasileira de Ciências - ABC e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência -SBPC foram coptadas pelas Big ONGs ambientalistas como a WWF e o Greenpeace, daí o posicionamento de ambas e até a recomendação de que e recomendação que as discussões sobre as mudanças no código tivessem, pelo menos, dois anos a mais com a participação efetiva da sociedade.
No entanto, é estimulante perceber que nós, os brasileiros, a sociedade civil ao contrário dos parlamentares estamos muito bem informados e preocupados com o mundo que estamos construindo e queremos mudanças.
Sabemos que o artigo 225 da constituição federal assegura que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”. Estamos cientes de que crescer a qualquer custo economicamente não significa desenvolver-se sustentavelmente. Queremos um mundo mais sustentável que assegure a qualidade de vida para esta e futuras gerações
Então, veta Dilma, nós 85% dos brasileiros contamos e apoiamos o seu compromisso com um Brasil sustentável e sem pobreza País rico é um país sustentável capaz de conciliar equilíbrio ambiental, justiça social e eficiência econômica.
Olhe e valorize os Amazônidas, assegure vida digna e a garantia dos territórios dos povos indígenas, ribeirinhos, extrativistas, quilombolas e outros tradicionais. Pare Belo Monte, os povos dos Xingu e do mundo contam o seu senso de justiça social e ambiental para a construção de um Brasil sustentável rico e sem pobreza.
Esperamos que de fato vossa excelência não negocie a questão do desmatamento. Cumpra com os compromissos assumidos e mais que isso, não permita que haja volta atrás na roda da História.
Crescer com infra-estrutura e economicamente como maior produtor de grãos e da pecuária não garantirá distribuição de renda, redução da pobreza, justiça social e equilíbrio e preservação ambiental. Crescer a qualquer custo levará a estagnação dos recursos naturais, aumentarão as catástrofes ambientais, o aquecimento global, aumentará a sede e não acabará com a fome no mundo.
*Geógrafa e coordenadora do projeto de Formação de Gestores Indígenas no Instituto Maiwu
*Geógrafa e coordenadora do projeto de Formação de Gestores Indígenas no Instituto Maiwu
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