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Para Januário, após essa experiência exitosa surgiu a vontade de abrir novas parcerias para cursos de extensão. Entre as propostas que estão sendo desenhadas estão os cursos de gestão territorial e gestão educacional. “Essas áreas têm uma demanda muito grande e que precisa de indígenas para atuar na realidade que está posta”, complementa. No caso da gestão educacional, por exemplo, a demanda é porque devido cada vez mais professores indígenas estão assumindo a gestão das escolas localizadas nas terras indígenas como diretores e coordenadores.
Félix Adugo, coordenador da Educação Escolar Indígena da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) reconhece que atualmente em Mato Grossoexiste uma maior sensibilização tanto da universidadequanto da secretaria. “A Unemat desenvolveu uma sensibilidade de respeitar o diferente e a soberaniados povos indígenas. Tanto que foi a pioneira na construção de uma política educacional doterceiro grau para os povos indígenas”, afirma. O coordenador, que é Bororo e participou da criação da Faculdade Intercultural Indígena acrescenta que a instituição conseguiu enxergar diferenças entre os povos indígenas que normalmente os não-índios não percebiam, seja nas instituições de educação ou de outros setores de governo.
Essa sensibilidade foi o que possibilitou a parceria com o Instituto Maiwu e a realização do curso de gestores, de acordo com Félix. “A vinda dos gestores será uma força para somar com os professores para a comunidade indígena no que tange aos seus projetos de vida”, acredita. “Os indígenas estão sendo chamados para trabalhar as suas problemáticas e encontrar uma saída. Com este curso eles passam a enxergar um novo horizonte”, acredita.
Matéria produzida para o Boletim do Projeto Curso de Formação de Gestores e Gestoras Indígenas de Mato Grosso do Instituto Maiwu.
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