Últimas

IPTU Verde já é realidade em muitas cidades brasileiras

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Instituto Cidade Amiga - Adotar medidas sustentáveis como o uso de energia solar, captação das águas das chuvas, coleta seletiva de lixo, sistema natural de iluminação, construção com materiais sustentáveis e telhado verde gera descontos no IPTU em diversas cidades brasileiras, é o chamada IPTU Verde.
O desconto no IPTU para os que adotam medidas sustentáveis em seus imóveis já é praticado em cidades como Salvador, Porto Alegre, Curitiba, São Bernardo do Campo, Goiânia e em várias cidades do interior de São Paulo e Minas.
A cidade paulista de Guarulhos aprovou um desconto que pode chegar a 5% para imóveis que tenham áreas verdes, calçadas adaptadas à acessibilidade ou adotem práticas como: aquecimento solar, captação de água de chuva, coleta seletiva de lixo, sistema natural de iluminação, telhado verde e construção com materiais sustentáveis.
Na maioria das cidades que adotaram o IPTU Verde, para garantir o benefício, é só comprovar a implantação e manutenção de duas ou mais medidas ambientais previstas e ganhar descontos consecutivos de até cinco anos, após esse período acaba o beneficio.
Pensando na nova modalidade de imposto, construtoras e imobiliárias estão investindo em tecnologias que agregam um conceito ambientalmente responsável de construção. De acordo com Paulo Wagner, do Projeto Espaço – iniciativa socioambiental patrocinada pela Petrobras que incentiva a gestão sustentável de resíduos orgânicos em Cuiabá –  estimular a população, governos e empresas a adotar medidas que tornam as cidades mais sustentáveis é fundamental neste tempos de mudanças climáticas.
“Uma cidade como Cuiabá que vem sentindo, como nunca antes, os impactos das mudanças climáticas precisa urgente adotar o IPTU Verde. Uma medida que contempla quem se preocupa e adota práticas como técnicas de bioconstrução, instalação de fontes alternativas de energia, reuso e aproveitamento de água, destinação sustentável dos resíduos, entre outras medidas comuns em diversas cidades do mundo”, enfatizou Paulo Wagner.
Para o professor José Afonso Porto Carreiro, do departamento de arquitetura e urbanismo da UFMT, medidas de sustentabilidade urbana como adoção de calçadas com maior acessibilidade, precisam ser planejadas para atender de forma eficiente idosos, crianças e cadeirantes.
“Outro problema, envolvendo a questão, é construção de prédios que não contemplam o conforto térmico, a luminosidade natural, a posição em relação ao sol, a circulação do vento. O prédio do Centro Sustentabilidade que projetei para o Sebrae de Cuiabá economiza 50% de energia e dispensa o uso de ar condicionado  na maioria dos seus espaços. O mais interessante é que o projeto se baseou nas construções feitas pelos indígenas de Mato Grosso. A sustentabilidade urbana é hoje uma necessidade de adaptação que a humanidade precisa fazer com urgência, não podemos mais perder tempo”, afirmou Porto Carreiro.


Nenhum comentário

Postar um comentário

Veja também