Oficina sobre boas práticas da seringueira acontece em território Myky
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
Berço das Águas / OPAN - O povo Myky participou em setembro da oficina “Boas Práticas da Seringueira”, que promoveu a troca de experiências sobre o trabalho de extrativismo realizado na Terras Indígena Rikbaktsa. O evento contou com a participação do agente ambiental Juarez Tarariri Rikbaktsa, do Projeto Pacto das Águas, que comentou sobre o avanço empreendido pelo seu povo na comercialização da borracha a partir da adoção de técnicas específicas para extração do látex da seringueira.
Mas muito além dos ganhos econômicos que a extração da borracha pode trazer, a abordagem de Juarez Rikbaktsa pretendeu mostrar como, para sua comunidade, o empenho nesta atividade extrativista ofereceu condições muito mais interessantes de geração de renda para os indígenas, permitindo que estejam mais ligados ao cotidiano da aldeia.
Segundo ele, a retirada do látex demanda a abertura de estradas mais afastadas da aldeia, o que leva os indígenas a circularem mais em suas áreas, realizando uma ocupação consistente e frequente. Isso demonstra força e organização interna para fazer frente às ameaças que ocorrem no entorno, como a extração predatória de madeira, que também coloca em risco o território Myky.
As trocas e lições desenvolveram-se na prática, percorrendo as trilhas no meio da mata, ao pé das seringueiras. Assim, a oficina envolveu a ida dos participantes a algumas estradas de seringa mantidas pelos Myky, como a do indígena Jamaxi, um dos seringueiros do Projeto Berço das Águas, iniciativa conduzida pela Operação Amazônia Nativa (OPAN) e patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental. Os Myky puderam, assim, conhecer o modo como os seringueiros Rikbaktsa foram treinados para extração do látex.
A partir dessa prática, os indígenas conquistaram mais apoio à abertura de novas estradas de seringa. Durante as demonstrações, o indígena Xinuxi, dono de um desses caminhos, animou-se tanto com as oportunidades da extração de seringa, que decidiu, ali mesmo, começar a implementar uma nova via para aumentar a sua produção. Munido de foice e facão, continuou em busca de mais seringueiras, que vão definir sua nova estrada, esperando que mais indígenas adiram à iniciativa.
Foto: Arquivo Opan
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