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Vídeo mostra experiência de sucesso em consórcio para gestão sustentável em municípios na Transamazônica e Xingu

terça-feira, 5 de julho de 2011

IPAM - O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) estima que até o ano de 2030, a região dos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo e José Porfírio – localizados às margens da rodovia Transamazônica, no Pará – deverão atingir cerca de 4 milhões de hectares em desmatamento caso não haja uma forte reação dos governos locais para tentar frear a destruição da floresta. Em 2011, o IPAM e a Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP) começaram a trabalhar em parceria com as prefeituras para evitar esse futuro cenário.

Com o apoio das duas organizações, as câmaras de vereadores e os prefeitos dos quatro municípios paraenses aprovaram, em maio deste ano, o projeto de lei que cria o Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Transamazônica e Xingu. Trata-se da primeira experiência conjunta entre governos locais e sociedade civil para evitar as emissões de gases de efeito estufa causadas por desmatamento e queimadas na região e promover um novo modelo de desenvolvimento baseado numa economia de baixo carbono.

O objetivo do consórcio é fortalecer a gestão municipal, de modo que a região possa chegar a um modelo pautado em desenvolvimento sustentável e ordenamento das ações ambientais e agrícolas, respeitando as vocações e particularidades locais. A experiência, que já atrai outros municípios da região, como Pacajá e Porto de Moz, por exemplo, foi documentada em um vídeo que o IPAM está divulgando a partir desta semana em seu site www.ipam.org.br/videos.

Participativo

“O vídeo serve de incentivo a outras regiões da Amazônia que buscam uma saída para um novo modelo econômico na região”, afirma Ricardo Rettmann, um dos autores do trabalho. A criação do consórcio, lembra ele, foi um processo participativo que envolveu governos locais e governo federal, movimentos sociais e lideranças comunitárias.

O projeto criou fóruns comunitários que passaram a orientar as ações que deverão garantir futuramente a segurança alimentar da população local, a conservação dos recursos naturais, o melhor aproveitamento das áreas já abertas por meio do uso de novas tecnologias e intensificação da produtividade. Reduzir a pressão sobre a floresta, valorar os serviços ambientais e fortalecer as cadeias produtivas locais também são metas do consórcio.

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