As espécies de mudas produzidas, com a parceria da Prefeitura Municipal de Juruena, foram escolhidas pelos próprios agricultores, após reuniões e visitas técnicas da equipe do projeto. O objetivo é produzir mudas que sirvam para recuperação das áreas degradadas, mas que também sirvam como alternativa de renda para os agricultores tanto a curto, médio e a longo prazos.
As mudas produzidas começaram a ser distribuídas e plantadas pelos agricultores, com acompanhamento técnico da equipe do projeto ainda no final do ano passado com a expectativa de atingir uma área de 430 hectares, que ainda vai aumentar. “Uma grande parte da área de terra dos beneficiários do projeto ainda não foi medida pela nossa equipe. Ou seja, essa área total ainda vai aumentar”, explica Ariane Ramos, coordenadora local do projeto Poço de Carbono Juruena.
Além das mudas produzidas, o Poço de Carbono capacitou 27 professores do município em Educação Ambiental além de envolver 1.176 crianças e jovens em aulas práticas, oficinas e feiras de ciências que tiveram apoio do projeto. Um desses apoios foi a criação de quatro hortas escolares em Juruena, no sistema Mandala, cuja relevância foi reconhecida pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC) e pela Rede Matogrossense de Educação Ambiental (REMTEA).
O Poço de Carbono Juruena também apoiou em 2010 e irá continuar a apoiar este ano a Cooperativa dos Agricultores do Vale do Amanhecer(COOPAVAM) e a Associação de Mulheres Cantinho da Amazônia (AMCA) que, juntos, movimentaram mais de 450 mil reais com a produção de castanha-do-Brasil em amêndoas e em biscoitos, destinados ao reforço da merenda escolar em seis Municípios da região noroeste de Mato Grosso, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da CONAB.
O objetivo central do projeto Poço de Carbono Juruena, desenvolvido na região Noroeste de Mato Grosso, é demonstrar a viabilidade econômica de sequestro de carbono por meio de Sistemas Agroflorestais – SAFs, que fixam o carbono e geram renda aos pequenos e médios agricultores rurais de forma associada e participativa. A expectativa é que seja um modelo de projeto de desenvolvimento rural e conservação ambiental que tem como alavanca, a futura venda de créditos de carbono. Doze Instituições do Governo Federal, Estado e sociedade civil apóiam esta iniciativa, que já se destaca pelo alcance de seus resultados, demonstrados através do site do SIG e também do seu site www.carbonojuruena.org.br.
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