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ONU apóia Alta Floresta na recuperação de nascentes urbanas

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010



O Secretário Executivo da Convenção em Diversidade Biológica (CBD – Convention On Biological Diversity) Dr. Ahmed Djoghlaf  recebe, em seção extraordinária, A prefeita de Alta Floresta (MT) , Maria Izaura Dias Alfonso e o diretor  de planejamento urbano da Fundação Ecológica Cristalino, Edson Da Riva.


 Josana Salles /Assessoria - Alta Floresta será uma das poucas cidades brasileiras a receber apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) para recuperação de seis mil nascentes localizadas principalmente na área urbana da cidade. O projeto foi apresentado no City Biodivesity Summity, evento paralelo ao COP10 que aconteceu em Nagoya (Japão), de 24 e 26/10. A proposta é focada na conservação da biodiversidade urbana e recebeu apoio do Programa de Biodiversidade e Cidades da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O coordenador do programa, Oliver Hillel, recebeu a proposta e apontou a importância deste projeto como nova estratégia para uso sustentável da floresta amazônica.

O Secretário Executivo da Convenção em Diversidade Biológica, Ahmed Djoghlaf recebeu, em seção extraordinária, a prefeita de Alta Floresta Maria Izaura Dias Alfonso e o arquiteto Edson Da Riva e deverá ir a Mato Grosso para conhecer o projeto de recuperação de nascentes em Alta Floresta.

A prefeita explicou que a iniciativa representa 16 municípios da borda sul da floresta amazônica, chamado de Portal da Amazônia no norte do Estado do Mato Grosso. "Vamos iniciar o projeto em 2011 e destinar as áreas de preservação permanente (APPs) urbanas para corredores de biodiversidade que funcionarão como "ligação" entre fragmentos de remanescentes de floresta e o núcleo urbano. Nestes corredores, vamos implantar inúmeros parques associados e um centro de planejamento urbano a ser criado para auxiliar o planejamento das outras 15 cidades da região", disse a prefeita.

"Hoje, aproximadamente 70% das pessoas vivem nas cidades nesta região. Se as cidades forem um modelo de degradação e destruição, exportarão este modelo para as áreas rurais, para os parques e unidades de conservação do município. Nós precisamos subverter esta lógica e enxergar as cidades como principal foco para a mudança. Elas são o núcleo da célula", acrescenta o urbanista e diretor de Planejamento Urbano da Fundação Ecológica Cristalino, Edson Da Riva.

O projeto prevê contrapor o rumo atual da urbanização brasileira, onde a ocupação das APPs dentro das cidades é constante e sinônimo de problemas sociais, catástrofes ambientais e degradação social, e propõe uma maneira contemporânea das cidades lidarem com a biodiversidade urbana. O conceito do projeto é fazer com que os habitantes das cidades tenham um maior convívio com a natureza, com o bioma amazônico.

A iniciativa recebeu apoio de diversos prefeitos e autoridades de várias partes do mundo presentes na COP 10. São parceiros do projeto instituições como o Local Goverment for Susteinability (ICLEI), Secretariat of the Convention on Biological Diversity (CBD), Fundação Ecológica Cristalino (FEC), Local Action for Biodiversity (LAB) e Prefeitura Municipal de Curitiba através do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (IPPC).

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