A necessidade de mudanças nos hábitos alimentares, implantação de quintais produtivos e hortas pedagógicas, cultivo de plantas medicinais, reutilização de garrafas PETs e outras embalagens, minimização do efeito estufa e estudo de viabilidade de implantação de biodigestores. Estes foram alguns dos temas dos trinta e um trabalhos realizados por professores de escolas urbanas e rurais que foram apresentados no I Seminário de Educação Ambiental de Juruena. Os trabalhos dos professores foram apresentados em forma de pôsteres e por meio de comunicação oral.
O evento, que é uma iniciativa do projeto Poço de Carbono Juruena, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena - ADERJUR, com patrocínio do Programa Petrobras Ambiental foi realizado entre os dias 15 e 17 de julho. A Prefeitura Municipal e a Escola Estadual Dom Aquino Correa também apoiaram a realização do evento que teve a presença de cerca de 300 participantes entre educadores, alunos, agricultores, gestores e sociedade civil.
De acordo com Ariane Ramos, coordenadora local do projeto Poço de Carbono Juruena, são 45 professores de escolas públicas e privadas que desenvolvem atividades de Educação Ambiental com apoio do projeto. Somando todas as salas de aula envolvidas nas atividades, são mais de mil alunos que participam das atividades do projeto. “Somente em 2010 foram implantadas seis hortas pedagógicas nas escolas além do apoio na realização de oito feiras de ciências”, explica a coordenadora.
Adenir Vendrame, professora e consultora de Educação Ambiental no Projeto Poço de Carbono, juntamente com os professores Kelly Cristina Polete e Robson Pancieri ajudaram os demais professores a fundamentar e desenvolver seus projetos com os alunos. “Hoje alguns professores contam que o projeto Poço de Carbono Juruena mudou a vida deles, porque não tinham essa percepção ambiental”, explica. “
Para a consultora, o Poço de Carbono Juruena acelerou e vem solidificando a Educação Ambiental no município. “Os professores agora mostram às crianças e adolescentes que Educação Ambiental é para a vida”, conta. “Esses conceitos os estudantes vão levar para a vida adulta, mas também influenciar seus familiares”, analisa. Adenir reconhece, no entanto, que o trabalho com os professores e com os alunos tem que continuar, mas admite que a realização do seminário já foi um passo importante. “O aprendizado é um ciclo e a gente tem muito a aprender com natureza, respeitando o tempo de cada coisa”, finaliza.
Para o secretário municipal de Educação de Juruena, Helvio de Lima, a realização do evento pode ser considerada uma vitória para o município. “Nós já tínhamos a intenção de realizar um seminário como esse, até porque há alguns anos professores daqui vão participar de eventos deste tipo na capital do estado”, conta. “A proposta do Poço de Carbono veio de encontro ao que nós queríamos e espero que este seja realmente o primeiro e que nós tenhamos muitos outros”, finaliza.
Esta é a mesma vontade da professora Lidia Gadomski, da Escola Municipal 07 de Maio. Ela desenvolveu o trabalho “Amenizando o Efeito Estufa” com alunos do quarto ano do ensino fundamental. Para sensibilizar os alunos em relação a alternativas como agrofloresta, compostagem e a reutilização de embalagens ela promoveu estudos relacionados ao ciclo do carbono, seqüestro de carbono, a importância da floresta para amenizar o efeito estufa ela dos impactos das queimadas. O resultado desses ensinamentos foi apresentado na feira de ciência da escola no ano passado. “Foi importante perceber que muitas das discussões em sala de aula, os alunos levaram pra dentro de suas casas, onde os pais, com ajuda dos filhos, começaram a produzir composto orgânico”, conta a professora. “Eu mesma, com esses estudos, passei a separar o meu lixo e também a produzir composto a partir dos restos de alimentos”, esclarece.
Professores fortalecem Educação Ambiental em seminário
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terça-feira, 19 de julho de 2011
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